15.1.06

Mau humor, eu??

Passeando na rede mundial, num dos meus dias menos inspirados (leia-se: totalmente puto da vida com alguma coisa) descobri um site que é a minha cara, cujo lema é: "OBA, NÃO VOU".
Este site é o bom dia por quê?, uma das pérolas do mau humor na internet.
Transcrevo aqui um texto barbaro, retirado diretamente de lá (com todo aquele mau humor, espero que não me processem!).

Pílulas
por Danilo Maia

Em pleno domingo, depois das oito da noite, descendo São Conrado no sentido Barra-Zona Sul, me deparo com um engarrafamento digno de volta-pra-casa-do-trabalho-em-sexta-feira-chuvosa. Mas que diabos, será que mataram mais um dono da Rocinha, seja ele o Lulu, Dudu, Gugu, Bubu, Chuchu ou qualquer outro nome de bebê que por alguma ironia sempre acaba servindo de apelido para um fascínora? Não, pior do que isso. É show do Babado Novo no Aterro do flamengo. E o que é pior, de graça. E o que é pior ainda, paralelamente a esse ritual macabro nas margens da Baía de Guanabara, domingo também marca o último fim-de-semana da Árvore(?) de Natal da Lagoa, esse programa tão singelo que sempre uso para explicar a linha editorial da nossa coluna “Oba, não vou”. É fácil explicar o que sinto por quem pega o carro, ou, mais bravamente ainda, um ônibus numa noite de domingo para assistir a um concerto do Babado Novo, ou apenas para ficar mirando a Árvore(?) de natal da Lagoa. Eu sinto inveja. Sim, inveja. Porque esse tipo de coisa me dá a certeza de que, secretamente, o governo distribui pílulas de felicidade, e eu não fui contemplado.
É fácil compreender o motivo. Tom Jobim dizia que só acreditava no socialismo se todos pudessem morar em Ipanema. Como não podem, sai mais barato para o governo desenvolver uma fórmula que faça com que qualquer merda entretenha e alegre as pessoas. E é coerente deduzir que o governo concentre a distribuição das pílulas nas regiões desprovidas de maiores atrativos, onde o tédio agiria com mais facilidade. Não por acaso, essas regiões são povoadas, em sua maioria, por gente de baixa renda. Daí entendemos esse negócio de dizer que pobre é que é feliz. Talvez as pílulas sejam dissolvidas nas vacinas dos postos de saúde pública, pro camarada já ir ficando satisfeito desde criança. E assim dá-se o milagre da Felicidade.
Na próxima vez que você entrar numa loja de discos, e por ventura vir alguém na fila a ponto de comprar um CD do Babado Novo, não tenha a menor dúvida. São as pílulas, companheiro. São as pílulas.

8.1.06

Novo Ano!

Pois é, Ano Novo, Vida Nova. Não conheço ditado mais mentiroso que esse.
Todos os anos começamos uma nova fase, é certo. Mas sempre temos e teremos situações pendentes, casos mal resolvidos, situações politicas caóticas (e não adiantam 32 - pelas minhas contas - parlamentares devolverem o salário se os 400 e tantos restante não fizerem o mesmo).
Nada nunca muda por completo de um ano para o outro, nunca! Tudo é gradual, principalmente as mudanças que faremos ou tentaremos fazer em nossas vidas.
No fim de tudo, só resta a ilusão, que por mais quenos esforcemos para tornar realidade, sempre será uma mera ilusão. E viva os iludidos, pois a eles é destinada a felicidade no Brasil!
Não sou tão desiludido assim, é que odeio essa época e, mesmo agora, uma semana depois do final do ano, ainda tem gente tentando me lembrar que chegou mais um ano em que nada vai mudar. Nem mesmo a politica, minha antiga paixão, apesar de ser ano de eleições.
Assim, meio amargo, dou as boas vindas ao novo ano neste blog.
PS: Ainda vou postar mais regularmente aqui, e sobre temas mais amenos, é só eu arranjar tempo.
"Aonde não há voz, ali o Cavaleiro Templário deve levar a sua"
Nome:
Local: Porto Alegre, Brazil

Acadêmico de Direito

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