12.7.07

O tempo

"O tempo é fluido".
Não lembro de quem é essa frase, mas ela é verdadeira.
Faz mais de um ano que não posto neste blog, mas parece que não se passou mais que algumas semanas.
Minha indignação com a politica arrefeceu, não porque tenham havidos menos problemas nesse cmapo, mas sim porque eu acabei me afastando completamente desta área, desiludido com essa arte (que hoje digo macabra).
Os meus dois leitores, coitados, devem sentir saudades (ou não) deste canto de indignação.
Um dia volto com tudo. Um dia.

11.3.06

Nova Paixão

De tempos em temos tento me renovar em termos musicais, escarafunchando sites e escutando musicas que normalmente não escuto, ou que nem sabia que existiam.
Numa dessas idas e vindas, me apaixonei por uma cantora em especial, que tem uma voz espetacular (nem tanto a voz, mas sim a maneira com que a usa), que chega a causar arrepios.
Ela é uma cantora de fados, dos quais sempre gostei moderadamente e que a cada dia me apaixono mais. O problema é que sempre associava fado com Roberto Leal, um cantor portugues que esteve muito em voga na minha meninice e que não me fazia muito bem aos timpanos.
Mas Agora a coisa é diferente, encontrei fadistas fabulosas, que conseguem nos levar as lagrimas em algumas musicas, sendo que a minha musa maior é especialista nisso.
No fado que transcrevo abaixo, os ultimos versos cantados por ela são de matar qualquer apaixonado do coração.
Deixo para meus dois leitores uma musica que me toca profundamente:

Lágrima
Dulce Pontes


Cheia de penas
Cheia de penas me deito
E com mais penas
E com mais penas me levanto
No meu peito
Já me ficou no meu peito
Este jeito
O jeito de querer tanto

Desespero
Tenho por meu desespero
Dentro de mim
Dentro de mim o castigo
Eu não te quero
Eu digo que não te quero
E de noite
De noite sonho contigo

Se considero
Que um dia hei-de morrer
No desepero
Que tenho de te nao ver
Estendo o meu xaile
Estendo o meu xaile no chao
Estendo o meu xaile
E deixo-me adormecer

Se eu soubesse
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias
Tu me havias de chorrar
Por uma lágrima
Por uma lágrima tua
Que alegría
Me deixaria matar

10.2.06

Comunicação

Pois é, a muitos dias (varios mesmo) não escrevo por aqui. Não é por preguiça ou mesmo falta de vontade, é por absoluta falta de informação sobre o mundo e minha cidade.
Estou completamente alheio a tudo. O tempo que me falta para ler um jornal, assistir a um noticiário, tem me constrangido perante amigos e conhecidos!
Nunca me senti tão ignorante, tão por fora de tudo.
Já cunharam a frase "ignorância de informação", e sou obrigado a concordar. Se não soubermos nada sobre a ultima noticia ocorrida na nova-guiné, com a atualização de 10 minutos atrás, somos vistos como aberrações, mendigos sujos e maltrapilhos, uma ameba que não é digna nem mesmo de uma segunda olhada.
E eu estou caindo de cabeça nessa categoria. Cada dia mais me isolo do mundo, pois não leio o site da BBC, da Folha ou do Estadão e tampouco da ZH ou do correio do povo.
Sou um sem-informação. Um pária. Um ser que não merece habitar com os bem informados.
Mas, só tenho uma coisa a dizer pra esses que me torturam os ouvidos e entopem minha caixa de e-mail´s com a noticia mais fresquinha, ou me xingam por não sabe-la: VÃO TRABALHAR VAGABUNDOS!!!!

15.1.06

Mau humor, eu??

Passeando na rede mundial, num dos meus dias menos inspirados (leia-se: totalmente puto da vida com alguma coisa) descobri um site que é a minha cara, cujo lema é: "OBA, NÃO VOU".
Este site é o bom dia por quê?, uma das pérolas do mau humor na internet.
Transcrevo aqui um texto barbaro, retirado diretamente de lá (com todo aquele mau humor, espero que não me processem!).

Pílulas
por Danilo Maia

Em pleno domingo, depois das oito da noite, descendo São Conrado no sentido Barra-Zona Sul, me deparo com um engarrafamento digno de volta-pra-casa-do-trabalho-em-sexta-feira-chuvosa. Mas que diabos, será que mataram mais um dono da Rocinha, seja ele o Lulu, Dudu, Gugu, Bubu, Chuchu ou qualquer outro nome de bebê que por alguma ironia sempre acaba servindo de apelido para um fascínora? Não, pior do que isso. É show do Babado Novo no Aterro do flamengo. E o que é pior, de graça. E o que é pior ainda, paralelamente a esse ritual macabro nas margens da Baía de Guanabara, domingo também marca o último fim-de-semana da Árvore(?) de Natal da Lagoa, esse programa tão singelo que sempre uso para explicar a linha editorial da nossa coluna “Oba, não vou”. É fácil explicar o que sinto por quem pega o carro, ou, mais bravamente ainda, um ônibus numa noite de domingo para assistir a um concerto do Babado Novo, ou apenas para ficar mirando a Árvore(?) de natal da Lagoa. Eu sinto inveja. Sim, inveja. Porque esse tipo de coisa me dá a certeza de que, secretamente, o governo distribui pílulas de felicidade, e eu não fui contemplado.
É fácil compreender o motivo. Tom Jobim dizia que só acreditava no socialismo se todos pudessem morar em Ipanema. Como não podem, sai mais barato para o governo desenvolver uma fórmula que faça com que qualquer merda entretenha e alegre as pessoas. E é coerente deduzir que o governo concentre a distribuição das pílulas nas regiões desprovidas de maiores atrativos, onde o tédio agiria com mais facilidade. Não por acaso, essas regiões são povoadas, em sua maioria, por gente de baixa renda. Daí entendemos esse negócio de dizer que pobre é que é feliz. Talvez as pílulas sejam dissolvidas nas vacinas dos postos de saúde pública, pro camarada já ir ficando satisfeito desde criança. E assim dá-se o milagre da Felicidade.
Na próxima vez que você entrar numa loja de discos, e por ventura vir alguém na fila a ponto de comprar um CD do Babado Novo, não tenha a menor dúvida. São as pílulas, companheiro. São as pílulas.

8.1.06

Novo Ano!

Pois é, Ano Novo, Vida Nova. Não conheço ditado mais mentiroso que esse.
Todos os anos começamos uma nova fase, é certo. Mas sempre temos e teremos situações pendentes, casos mal resolvidos, situações politicas caóticas (e não adiantam 32 - pelas minhas contas - parlamentares devolverem o salário se os 400 e tantos restante não fizerem o mesmo).
Nada nunca muda por completo de um ano para o outro, nunca! Tudo é gradual, principalmente as mudanças que faremos ou tentaremos fazer em nossas vidas.
No fim de tudo, só resta a ilusão, que por mais quenos esforcemos para tornar realidade, sempre será uma mera ilusão. E viva os iludidos, pois a eles é destinada a felicidade no Brasil!
Não sou tão desiludido assim, é que odeio essa época e, mesmo agora, uma semana depois do final do ano, ainda tem gente tentando me lembrar que chegou mais um ano em que nada vai mudar. Nem mesmo a politica, minha antiga paixão, apesar de ser ano de eleições.
Assim, meio amargo, dou as boas vindas ao novo ano neste blog.
PS: Ainda vou postar mais regularmente aqui, e sobre temas mais amenos, é só eu arranjar tempo.

4.12.05

O grande poeta Mario quintana tem uma frase de que eu gosto muito e que é muito verdadeira, a qual deixo aqui para que meus dois leitores reflitam sobre ela.

Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

21.11.05

Voltei!!

Meus caros e caras leiotras, depois de uns 6 meses sem postar absolutamente nada, resolvi voltar a escrever neste blog.
Não sei qual necessidade intima ou perversão que me faz aqui voltar, só sei que resolvi que não poderia ficar como estava.
Para sanar esse lapso, posto aqui um texto que postei no meu outro blog, o Sinceros.
Recomendo a que não conhece, se é que alguem entra aqui, que vá lá e dê uma olhada no que escrevem as minhas companheiras de blog.

Conselhos

Critique!
Critique a vida que não te dá o que desejas...
Critique a mim que te amo mais do que deveria...
Critique a ti, que não entende a ti mesma...
Ame!
Ame a saudade que te dá durante a noite, quando as cobertas de tua cama lembram o meu calor aquecendo teu corpo...
Ame o luar, pois nele te vislumbro todas as noites...
Ame a chuva que bate na janela naquele temporal imenso, pois lembro de ti todas as vezes...
Corra!
Corra da inércia que te prende ao mesmo lugar a tanto tempo...
Corra da prudência que não tem te ajudado a criticar a vida...
Corra da selvageria que te arrasta inerte, ao encontro do que não desejas...
Viva!
Viva como se nada houvesse a te preocupar...
Viva como se estivesse ao meu lado, confortada entre meus braços, recostada em meu peito...
Viva como se amasse a tudo e a todos, e tudo e todos te amassem como se a unica mulher sobre a terra fosse...
Olhe!
Olhe a grama que cresce e nela, descalça, passeia teus pés....
Olhe o céu e veja as estrelas que brilham só pra ti e, onde eu estiver, verei teus olhos nelas refletidos...
Olhe de frente aqueles que te impedem de viver, só assim não irão te apunhalar pelas costas....
Chore!
Chore de dor pelos teus sonhos desfeitos e de felicidade por aqueles que realizarás...
Chore de emoção com a visão do pôr-do-sol pela tua janela....
Chore por que teu coração não é de pedra...
Só!
Só não deixe que de teu peito arranquem teu coração...
Só não deixe que esmaguem teus sonhos...
Só não deixe de amar, de viver, de chorar...
"Aonde não há voz, ali o Cavaleiro Templário deve levar a sua"
Nome:
Local: Porto Alegre, Brazil

Acadêmico de Direito

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